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Simone em São Paulo


Após mais de 25 shows, cantora conclui espetáculo que celebra 50 anos de carreira.

Simone anuncia últimas datas da turnê “Tô Voltando”


O último ano foi de celebração pura para Simone: 50 anos de carreira comemorados em uma turnê de sucesso, um prêmio e homenagem no Latin GRAMMY 2023, uma colaboração com Ney Matogrosso e sua estreia em festivais. Grata pela conexão com o tradicional e novo público, a artista anuncia agora as datas finais da turnê “Tô Voltando”.
Agora Simone volta ao Tokio Marine Hall, para o último show em São Paulo da sua turnê “Tô Voltando” , no dia 04 de maio.


“Tô Voltando” celebra os 50 anos de carreira da cantora, percorrendo – clássico por clássico, hit por hit – sua imensa trajetória como uma das maiores intérpretes da música brasileira. O roteiro faz um apanhado das grandes canções que a artista lançou nessas cinco décadas: joias escritas por nomes como Milton Nascimento, Ivan Lins, Sueli Costa, João Bosco, Martinho da Vila, Gonzaguinha e Chico Buarque, entre tantos outros, cujas primeiras versões ganharam o Brasil por meio da voz de Simone, conquistando logo nossa memória afetiva e entrando para sempre no cancioneiro nacional. O espetáculo tem direção musical de Pupillo e direção geral de Marcus Preto, que também assina este texto de apresentação.


Dona de um dos mais belos timbres vocais do país, Simone criou em torno de si um universo absolutamente particular na nossa cultura. Sua voz personalíssima soube costurar perfeitamente a tradição e a modernidade, o cool e popular, fazendo pontes e criando trampolins. Revelou compositores e descortinou clássicos esquecidos.

Tratou com igual compreensão estética a melodia mais intrincada de Francis Hime e a balada romântica de José Augusto. Esses aspectos banharam sua discografia, construída sobre a pluralidade de ritmos, de estilos e de gêneros que sempre pautou a música do Brasil. Evidentemente, toda essa diversidade estará em cena nas comemorações dos 50 anos em Tô Voltando.


O título do show, aliás, reflete tantas e tantas voltas, pessoais e coletivas, por que todos passamos nos últimos anos. O mundo está voltando à rua e à alegria pós-pandemia, período em que Simone fez 37 lives dominicais que tão bem fizeram a ela própria e a quem a assistia. No Brasil, tivemos Carnaval e estamos voltando à ideia de um caminho democrático, do respeito pela ciência, pela educação e pela cultura. Mas, no caso específico de Simone, há mais um sentido nessa “volta”. A artista está voltando a si em seu filme pessoal e profissional, rebobinando toda a sua história e celebrando o caminho iniciado em março de 1973, a partir do álbum Simone.


Em uma retrospectiva desse quilate, é fundamental que estejam presentes as memórias mais reluzentes desses 50 anos, materializadas em canções como “O Que Será (À Flor da Terra)” (Chico Buarque), “Jura Secreta” (Sueli Costa/ Abel Silva), “Começar de Novo” (Ivan Lins/ Vitor Martins), “Encontros e Despedidas” (Milton Nascimento/ Fernando Brant), “De Frente pro Crime” (João Bosco/ Aldir Blanc) e, claro, “Tô Voltando” (Maurício Tapajós/ Paulo César Pinheiro). Também está no roteiro sua primeira interpretação de Simone para “Divina Comédia Humana”, canção que Belchior escreveu para a cantora lançar em Face a Face (1977), mas acabou ficando de fora do álbum.
Foto: Rodrigo Marques

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