A reposição hormonal tem se destacado como uma solução eficaz para homens e mulheres que desejam melhorar sua qualidade de vida frente aos impactos da redução dos níveis hormonais ao longo do tempo. Segundo o médico nutrólogo Arthur Rocha, embora o envelhecimento seja o principal fator associado à necessidade desse tratamento, outras condições de saúde também podem justificar a reposição hormonal, desde que haja acompanhamento médico adequado.
Sintomas como fadiga constante, insônia, alterações de humor e queda de libido podem ser indicativos de desequilíbrios hormonais. Em mulheres, ondas de calor, ressecamento vaginal e ganho de peso são queixas comuns, especialmente durante a menopausa. Já nos homens, o acúmulo de gordura abdominal, disfunção erétil e perda de massa muscular são frequentemente associados à andropausa. “Esses sinais podem impactar significativamente a qualidade de vida, e a reposição hormonal surge como uma ferramenta poderosa para restaurar o equilíbrio”, explica Arthur Rocha.
Embora a reposição hormonal seja mais comumente indicada para mulheres na menopausa ou perimenopausa e homens na andropausa, ela também pode ser necessária em idades mais jovens devido a condições como hipogonadismo ou deficiências hormonais precoces. “Os benefícios são amplos, incluindo a melhora da qualidade do sono, maior energia e disposição, prevenção da osteoporose e redução de ondas de calor. Além disso, ela contribui para a saúde da pele, o bem-estar mental e a prevenção de doenças cardiovasculares e metabólicas”, destaca o especialista.
Como qualquer tratamento, a reposição hormonal não é isenta de riscos. Entre eles, estão o aumento do risco de trombose e câncer de mama em mulheres, e o agravamento de condições como apneia do sono em homens. No entanto, esses riscos podem ser minimizados com o uso de hormônios bioidênticos, exames regulares e acompanhamento médico constante. “A segurança do paciente é a prioridade, e um protocolo bem estruturado faz toda a diferença”, reforça o nutrólogo.
A reposição hormonal pode ser realizada de várias formas, como implantes, pílulas, géis transdérmicos, adesivos e injeções. A escolha do método ideal depende das necessidades e do estilo de vida do paciente. “A personalização do tratamento é essencial para garantir a eficácia e a adesão ao longo do tempo”, orienta Rocha.
Mudanças no estilo de vida podem potencializar os efeitos da reposição hormonal. Uma dieta equilibrada, rica em antioxidantes e proteínas magras, aliada à prática regular de exercícios físicos, contribui para resultados mais satisfatórios. Terapias complementares, como fitoterápicos e suplementação de vitaminas, também podem ajudar em casos leves, mas não substituem o tratamento quando há deficiência comprovada.
Para ajustar doses, monitorar efeitos colaterais e avaliar a eficácia do tratamento, o acompanhamento médico é indispensável. Nos primeiros meses, exames trimestrais ou semestrais são recomendados, com frequência reduzida após a estabilização. “Realizado de forma segura e personalizada, o tratamento hormonal pode transformar a qualidade de vida, proporcionando bem-estar e longevidade”, afirma Arthur Rocha.
A reposição hormonal, combinada a hábitos saudáveis e acompanhamento especializado, é um recurso valioso para quem busca um envelhecimento ativo e equilibrado. “Manter os hormônios em equilíbrio não é apenas uma questão de saúde física, mas também de qualidade de vida em todas as suas dimensões”, finaliza Arthur Rocha.