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Patche Di Rima No Coliseu Dos Recreios Com Uma Noite Inteira Dedicada À Cultura Da Guiné-Bissau

  • Atuações de Patche Di Rima, Jerry Bidan, Eneida Marta, Mamba Negra
    Ammy Injay, Memu Sunhu e Netos de Bandim.
  • Lisboa, Coliseu dos Recreios, 12 de outubro de 2024

A 12 de outubro de 2024, por uma noite, o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, é ocupado pela riquíssima cultura da Guiné-Bissau: o artista Patche Di Rima assume os comandos da mítica sala de espetáculos e apresenta uma noite dedicada a esta extraordinária e rica cultura com o apoio do projeto Marimba.

Com uma carreira mais de 20 anos de muita música e estrada, Patche di Rima é unanimemente considerado um dos maiores artistas da atual geração de cantores e compositores guineenses e um verdadeiro embaixador da música lusófona, graças a uma quase ininterrupta digressão mundial, que o levou a países como Alemanha, Angola, Brasil, Cabo-Verde, Dinamarca, Estados Unidos da América, Inglaterra, Macau, Mauritânia e Senegal, Catar, Dubai, Italia, Franca, Costa de Marfim Cabo Verde e Gambia

2021, é marcado pelo regresso do artista às edições discográficas. TINA MEDLEY TRIBUTO A MANDJUANDADI é o nome do quinto álbum – lançado com a chancela do MARIMBA MUSIC– que promete surpreender quem o tem seguido de perto ou quem queira embarcar agora numa entusiasmante viagem de sabura com os sons da Guiné-Bissau.

Ao longo de 13 canções, o cantor e compositor – que revela um profundo e admirável respeito pela sonoridade tradicional guineense – guia-nos por histórias de amor, mas sobretudo por mensagens de esperança, otimismo e orgulho no seu país, num verdadeiro hino à “guineendade”

Consciente que a música é arma para mudar a imagem do país, por isso tem apostado na música topicamente guineense. Principalmente a músicas cantada no estilo tina dedica a cultura das MANDJUANDADI

Trata-se de uma cultura (e de um evento) em que as mulheres assumem um papel central e em que se dá destaque a organizações culturais principalmente compostas por mulheres, que se reúnem para expressar suas opiniões através da música e dança.

Patche Di Rima, convida Eneida Marta, Mamba Negra,
Ammy Injay, Jery Bidan
, Memu Sunhu, Iva e  Ichi e Netos de Bandim.

Vídeos & Ligações

– Patche Di Rima

https://www.youtube.com/channel/UCpOBJAEMRz1eS_lLN0WhVUw

Para saberem mais sobre a cultura Mandjuandadi, da Guiné-Bissau recomendamos a extraordinária reportagem (em crioulo e português) do jornal A MENSAGEM:

https://amensagem.pt/2022/02/01/mandjuandadi-dancar-cantar-crioulo-vida-imigrante-guine-quinta-do-mocho-sacavem-lisboa/

O evento é organizado com o apoio da Marimba, projeto apoiado pelo PROCULTURA, uma ação do programa PALOP–TL e UE, financiada pela União Europeia, cofinanciada e gerida pelo Camões I.P., que tem por objetivo a promoção do emprego e atividades geradoras de rendimento no setor cultural dos PALOP e Timor-Leste.

Este espetáculo no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, assinala também o encerramento do projeto Marimba enquanto iniciativa apoiado pela UE e pelo Instituto Camões IP, sendo que há trabalhos que continuam, através das Associações Culturais e Artísticas Marimba, em Portugal e no Brasil, dando assim início à triangulação cultural e de formação entre Portugal, Brasil e PALOP.

SOBRE O PROJETO MARIMBA

Marimba: projeto inovador inédito de valorização internacional da produção musical em Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor-Leste

  • Paulo Flores, Nástio Mosquito, angolanos, Manecas Costa, Patche Di Rima guineenses; Stewart Sukuma, moçambicano e Denilson Junior, Timorense são os embaixadores do projeto.
  • Com duração prevista de 36 meses, pressupõe a criação de empregos, sobretudo com o foco nas mulheres.
  • Rede multinacional (entre os PALOP + TL e Portugal e Holanda) e multidisciplinar envolve vários parceiros locais e garante trabalhos no terreno.

O projeto internacional Marimba, resultado das candidaturas ao PROCULTURA, ação do programa PALOP-TL e EU, financiada pela União Europeia, cofinanciada e gerida pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua, de Portugal.

  • Esta iniciativa sem precedentes entre países lusófonos assenta na premissa de que a inovação e a criação artísticas têm como recurso base o património imaterial, e que o seu conhecimento e divulgação promovem o desenvolvimento artístico, cultural e socioeconómico das nações.
  • O requerente principal do projeto é uma produtora e agência musical portuguesa Soundsgood, sediada em Lisboa e com vasta experiência no trabalho de valorização dos artistas dos PALOP-TL (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa e Timor-Leste) e Brasil nos mercados internacionais.O projeto conta ainda com o apoio ativo de um conjunto de artistas reconhecidos internacionalmente e que representam as expressões musicais dos vários países parceiros participantes.
  • Estes “embaixadores” terão como principal função incentivar e motivar a participação de jovens artistas, enquanto elementos aglutinadores e motivadores, assumindo-se igualmente como rostos do projeto Marimba junto da comunicação social e do público em geral: Paulo Flores (Angola); Nástio Mosquito (Angola); Manecas Costa (Guiné-Bissau); Patche Di Rima (Guiné-Bissau); Stewart Sukuma (Moçambique); Denilson Junior (Timor-Leste).
  • Os parceiros envolvidos resultam da capacidade de, nas últimas décadas, terem contribuído para a transformação das dinâmicas socioculturais dos países onde desenvolvem as suas atividades. Além disso, serão os dinamizadores locais e em rede da filosofia e valores do projeto.

ANGOLA
Rádio Nacional de Angola;
VPA 20/20: Visão Propósito e Ação, Associação Cultural.

GUINÉ-BISSAU
  Grupo Cultural Netos do Bandim.

HOLANDA
Mano a Mano, Produções;

MOÇAMBIQUE
Khuzula Investments, Lda;
Rádio Nacional de Moçambique;
Warethwa, Associação cultural (Moçambique).

PORTUGAL
– FME CE-CPLP – Federação das Mulheres Empresárias e Empreendedoras da CPLP.

TIMOR LESTE
– Centro Audiovisual Max Stahl (CAMSTL) (Timor Leste).

No final do projeto pretende-se que haja a criação de empregos com um foco nas mulheres empreendedoras, de forma a corrigir os desequilíbrios de género no campo musical destes países.

O projeto atuará de forma integrada em todos os elos da cadeia de valor do setor da música, enquanto projeto de intervenção socioeconómico no campo musical, desde a formação à internacionalização de produtos musicais. Contemplará a distribuição de várias obras, tais como:

– Edição de discos: 11 coletâneas genéricas e/ou de autores/intérpretes históricos;

– Publicação de songbooks: 4 songbooks de compositores de relevância;

– Edição e tradução de livros sobre a música dos PALOP + TL: 2 livros de

investigadores de referência”

Pelo seguinte a negrito:

O projeto atuará de forma integrada em todos os elos da cadeia de valor do setor da

música, enquanto projeto de intervenção socioeconómico no campo musical, desde

a formação à internacionalização de produtos musicais. Contemplará a distribuição

de várias obras, tais como:

– Edição de discos: 11 coletâneas genéricas e/ou de autores/intérpretes históricos dos PALOP+TL;

– Publicação e edição de 6 songbooks e livros: songbooks de compositores de relevância e dos ritmos e expressões musicais tradicionais e livros sobre a música dos PALOP+TL;

Centrando-se prioritariamente na área da música, o projeto pretende promover o conhecimento e a valorização do património musical dos países participantes, nas mais variadas valências: a sua pesquisa de acervos musicais pré-existentes – em particular os produzidos no período entre 1945 e 1986 – quer em gravações de campo, quer a digitalização dos acervos nacionais, sua promoção e distribuição internacional, obedecendo a todas as regras relacionadas com o direito de autores e promoção financeira dos artistas, comunidades e indivíduos.

Tendo em conta o estado de conservação e preservação dos acervos musicais destes países muito diferentes, duas abordagens são aqui importantes:

Em Angola e Moçambique apostar-se-á numa pesquisa exaustiva sobre os arquivos existentes nas instituições do Estado, como rádios nacionais e arquivos privados; na Guiné-Bissau e em Timor-Leste haverá um trabalho mais intensivo de pesquisa na recolha de sonoridades musicais no terreno (gravações de campo), contando com a contribuição de peritos técnicos ligados à academia desses países e peritos internacionais, sobretudo nas áreas da antropologia e da etnomusicologia.

O Marimba pretende ainda incentivar a criação artística contemporânea de jovens músicos dos países participantes, de forma a contribuir para o resgate das suas identidades culturais, a dignificação do seu estatuto artístico, a divulgação das suas obras e a promoção das suas carreiras à escala internacional, fomentando em particular o acesso das jovens mulheres dos países participantes à profissionalização em sectores criativos. Este projeto dará assim especial atenção aos desequilíbrios de género do campo musical, pretendendo criar empregos junto das jovens mulheres, historicamente arredadas da produção musical.

Os principais vetores de atuação do Marimba serão implementados através das seguintes acções:

MARIMBA SOUNDS – Editora de música, com sede em Moçambique;

MARIMBA BOOKING – Agência de Booking e distribuição internacional de música dos PALOP-TL;

MARIMBA HERITAGE – Programa de investigação, estudo, recolha e classificação de património musical (arquivo fonográfico gratuito);

MARIMBA GUIDE – Guia de músicos, produtores e agentes dos PALOP-TL;

MARIMBA ACADEMY – Programa de formação e capacitação técnica;

MARIMBA CHALLENGES – Concursos de Jovens Criadores;

MARIMBA HAPPENINGS – Participação em eventos profissionais internacionais de encontro e comercialização da cultura e eventos Marimba Gathering.

Todos estas actividades estão compiladas na nossa plataforma: https://marimba.art/

 Paralelamente, a estas ações concretas desenrolar-se-á a monitorização, avaliação e promoção do projeto, para além da criação de uma colectividade sem fins lucrativos (Associação Marimba) nos últimos meses, de forma a garantir a sua sustentabilidade logo após o seu término.

Esta abordagem é inspirada num conjunto de boas práticas similares a nível internacional, conhecidas do grande público, entre os quais se destacam:
O novo fado que resgata e reinterpreta os artistas do passado – Amália Rodrigues, entre muitos outros;
O novo reggae que se faz um pouco por todo o lado porque se valoriza o reggae roots da Jamaica – Bob Marley, entre tantos outros;
O novo afrobeat já que continua a legitimar-se na importância do músico, compositor e ativista Fela Kuti.

Nota final: os países participantes e seus respectivos artistas, bem como os co-requerentes foram considerados por ordem alfabética.