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Mercado de aeronaves ganha força no Brasil

Expansão econômica, agronegócio e aviação executiva impulsionam o crescimento do setor no País

O mercado de aeronaves no Brasil está em plena ascensão, refletindo o fortalecimento da economia, a expansão do agronegócio e a crescente demanda pela aviação executiva. Dados recentes do setor indicam um aumento significativo na aquisição de aeronaves de pequeno e médio porte, além de uma ampliação no número de operações comerciais e privadas.

A aviação executiva, em particular, tem ganhado destaque como solução para a conectividade em um país com dimensões continentais e infraestrutura aeroportuária limitada em regiões remotas. Empresários e profissionais estão investindo em jatos e helicópteros para otimizar tempo e acessar localidades de difícil alcance.

Os resultados da fabricante de aeronaves Embraer destacam o momento favorável da aviação executiva. A fabricante brasileira entregou 130 jatos ao longo do ano, sendo 44 deles apenas no último trimestre de 2024, reforçando sua importância no mercado global.

O comandante Carlos Fraga, especialista em importação de aeronaves e vendas no mercado interno, destaca o papel do Brasil no cenário internacional. “O Brasil tem se destacado mundialmente pelo grande número de aquisições no mercado global. Somos uma potência altamente reconhecida e estamos sob uma tendência de aumento nos próximos anos, impulsionada por demandas internas e por nossa relevância estratégica.”

O agronegócio também impulsiona o segmento com a utilização de aeronaves para transporte de executivos, insumos e produtos agrícolas. A demanda crescente estimulou empresas de importação e venda de aeronaves a diversificarem seus portfólios e ampliarem serviços de manutenção e personalização, consolidando o Brasil como um dos mercados mais promissores da América Latina.

Segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) a alta demanda por aeronaves também contribui para manter o crescimento da produtividade nas principais culturas agrícolas do país. Em projeção apresentada no Congresso da Aviação Agrícola do Brasil em 2024, a Sindag prevê que a frota aeroagrícola brasileira deve ultrapassar 3.000 aviões e helicópteros nos próximos três anos.

“A aviação não é apenas um meio de transporte; ela conecta negócios, encurta distâncias e movimenta a economia. É essencial para a competitividade do agronegócio brasileiro e para o acesso a mercados internacionais.”, ressalta Carlos Fraga.

Especialistas apontam que, além do crescimento econômico, o aumento na acessibilidade a financiamentos e a modernização das aeronaves também têm atraído novos compradores. Segundo a Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), o Brasil já possui a segunda maior frota de aviação de negócios do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

A frota de aeronaves desse segmento cresceu 6%, atingindo 10.285 unidades. Apenas no Estado de Goiás são 1.621 aeronaves registradas na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ocupando o 7º lugar no ranking nacional.

Com perspectivas positivas para 2025, o setor de aeronaves promete desempenhar um papel estratégico no desenvolvimento nacional, integrando regiões e acelerando negócios.

Comandante Carlos Fraga

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