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Léo da Bodega e Orquestra do Avesso antecipam o carnaval com o EP “A Folia Começa no Amparo”

Revelação da cena urbana e cultural de Olinda, o cantor e compositor Léo da Bodega tem se consolidado no cenário musical brasileiro com uma carreira marcada pela fusão de gêneros e uma forte conexão com suas raízes pernambucanas. O artista, que mescla em seu DNA artístico o trap com a rica cultura local, lançou recentemente a parceria “Beija-Flor” ao lado da banda Maneva, uma canção que marca sua primeira incursão no reggae. A faixa integra a versão deluxe de seu álbum de estreia, “Botija Deluxo”. Agora, Léo da Bodega reforça seu elo com a tradição de sua cidade natal, unindo-se à Orquestra do Avesso para o lançamento do EP “A Folia Começa no Amparo”, um registro emocionante e atemporal dos hinos clássicos do carnaval de Olinda.

Léo da Bodega e a Orquestra do Avesso unem forças para imortalizar a efervescência do carnaval de Olinda com o lançamento do EP “A Folia Começa no Amparo”. O trabalho, que chega às plataformas de streaming no dia 18 de dezembro, é um tributo sonoro aos frevos clássicos dos blocos de Olinda, capturando o espírito de uma rota tradicional e essencial da festa.

O EP é uma homenagem direta a um percurso culturalmente significativo na cidade Patrimônio da Humanidade. A obra registra cinco hinos de frevo que ecoam anualmente nas ladeiras, como “Hino do Homem da Meia-noite”, “Hino da T.C Ceroula”, “Hino da T.C.M Jhon Travolta”, “Hino 10 de Xarque e uma Latinha” e “De Chapéu de Sol Aberto”.

Celebrando o Frevo de Rua e o Trajeto Cultural do Amparo

O projeto nasceu do desejo de registrar uma tradição oral e musical das orquestras de frevo. A Orquestra do Avesso, apesar de ser uma orquestra de palco, foi criada com a intenção de executar o frevo de rua, contando com músicos experientes de diversas formações, como a Orquestra do Maestro José e a Orquestra Henrique Guias.

O título “A Folia Começa no Amparo” faz alusão a um trajeto específico no carnaval de Olinda, como explica Léo da Bodega em primeira pessoa:

“A Orquestra do Avesso é uma orquestra de palco, que eles fizeram agora com o intuito de tocar frevo de rua. São integrantes de várias orquestras, e eles se juntaram para fazer esse formato de frevo de rua para palco. Eu tive a ideia de fazer esse EP que se chama ‘Folia Começou no Amparo’, que é a alusão a um trajeto que culturalmente todas as orquestras fazem em Olinda. Quando elas passam do trecho do Largo do Amparo, elas tocam o hino do 10 de Xarque e uma Latinha, que inclusive é o trecho que dá nome ao álbum Folia Começou no Amparo. É uma tradição das orquestras, independe do grupo, o bloco quando passa na frente dessas casas, eles tocam essas músicas. Então, eu queria registrar esse trajeto, essa foi a ideia de fazer esse álbum. E aí surgiu A Folia Começa no Amparo, o VT Indio e outros blocos, João Travolta, Ceroula, e é isso, é basicamente isso.”

As influências musicais do trabalho são a própria essência do frevo de rua, enraizadas na tradição dos blocos líricos e dos frevos de bloco que marcam a folia olindense.

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Conteúdo audiovisual e produção técnica

O lançamento do EP “A Folia Começa no Amparo” será acompanhado de um conteúdo audiovisual, no formato de um compilado de imagens de arquivo. O vídeo foi montado pelo próprio Léo, pela Orquestra do Avesso e por Hugo Muniz, o fotógrafo que também assina a capa do projeto, reforçando o caráter íntimo e documental do trabalho.

A produção musical ficou a cargo de João França, com mixagem e masterização de Marcelinho Ferraz nos estúdios Head Media, em São Paulo. As músicas que compõem o EP são de domínio público, valorizando o acervo cultural brasileiro.

Sobre Léo da Bodega

Nascido e criado na Rua do Amparo, no coração do Sítio Histórico de Olinda, Léo da Bodega, 28 anos, é hoje um dos nomes mais efervescentes da nova cena pernambucana. Criado em um ambiente artisticamente pulsante, Léo teve como padrinho o Mestre Salustiano, de quem herdou a conexão profunda com a cultura popular. Aprendeu rabeca aos seis anos e deu seus primeiros passos nos palcos como caboclo de lança do Maracatu Piaba de Ouro — marcando o início de uma trajetória artística múltipla e comprometida com suas raízes.

Ao longo dos últimos anos, Léo expandiu sua presença na cena local e nacional, envolvendo-se em projetos culturais, sociais e musicais que exploram a fusão entre estética urbana e tradição popular. Combinando trap, rap e ritmos pernambucanos, o artista conquistou notoriedade com suas faixas autorais e parcerias, ultrapassando mais de 1 milhão de streams combinados nas plataformas de streaming de áudio.

Em outubro de 2024, Léo lançou Botija, seu primeiro álbum — um manifesto de identidade que mistura Cavalo Marinho, Maracatu e Ciranda com o universo contemporâneo da música urbana. O disco ganhou destaque na imprensa especializada e colocou Léo como um dos grandes representantes da nova geração interessada em atualizar a cultura olindense sem perder sua essência.

O sucesso do projeto levou à criação de “Botija Deluxo”, versão ampliada do álbum com faixas adicionais e participações especiais. Entre elas está “Beija-Flor”, colaboração com a banda Maneva, que apresentou ao artista seu primeiro mergulho no reggae e ampliou seu alcance nacional. A versão deluxe consolidou a narrativa estética e musical de Léo, reforçando seu papel como ponte entre tradição e modernidade.

Hoje, Léo da Bodega segue em ascensão, direcionando sua trajetória para a preservação da memória cultural de Olinda enquanto expande sua assinatura artística por novos gêneros, novos públicos e novas colaborações.

Sobre a Orquestra do Avesso

Fundada em 3 de janeiro de 2023, a Orquestra do Avesso nasceu com a missão de celebrar e renovar o frevo, um dos patrimônios culturais mais expressivos de Pernambuco. Formada por músicos experientes que já integraram importantes grupos da região — incluindo a Orquestra do Maestro José e a Orquestra Henrique Guias — o coletivo se destaca por unir excelência técnica, vigor estético e um repertório que transita entre o tradicional e o contemporâneo.

Criada originalmente como uma orquestra de palco com vocação para o frevo de rua, a Orquestra do Avesso rapidamente conquistou espaço pela fidelidade às raízes e pela energia de suas performances. Seu trabalho envolve não apenas a interpretação de clássicos do gênero, mas também a criação de frevos autorais, além de incursões por outros ritmos que dialogam com o imaginário popular pernambucano.

Com uma proposta artística que valoriza a ancestralidade e, ao mesmo tempo, abre portas para novas leituras musicais, a Orquestra do Avesso se consolidou como uma das iniciativas mais relevantes da nova geração de músicos dedicados à preservação e reinvenção da cultura carnavalesca de Olinda.

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