Apesar de ser comum em mulheres acima dos 60 anos, a incontinência urinária também pode acometer homens, crianças e jovens. Por isso, e em função do Dia Mundial da Incontinência Urinária, lembrado em 14 de março, se reforça a mensagem de que a condição pode ser tratada com sucesso.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cerca de 45% das mulheres e 15% dos homens acima dos 40 anos sofrem com esse problema. De acordo com o urologista e presidente da Sociedade Brasileira de Urologia – Seção Bahia (SBU-BA), Dr. Humberto Ferraz, com tratamentos adequados, é possível alcançar a cura da incontinência urinária, melhorando significativamente a vida dos pacientes.
“O tratamento inicial geralmente envolve exercícios fisioterápicos para fortalecer os músculos pélvicos e recuperar o controle sobre a micção. Além disso, ajustes no estilo de vida podem ajudar a evitar perdas urinárias indesejadas. Em casos mais graves, como nos homens, procedimentos cirúrgicos como o esfíncter artificial e a neuromodulação sacral podem ser considerados”, explica o especialista.
A incontinência urinária é caracterizada pela incapacidade de controlar a urina, levando a perdas involuntárias. Nas mulheres, as causas mais comuns são a incontinência de esforço, causada pelo enfraquecimento do assoalho pélvico, frequentemente associado à gravidez, parto, obesidade e cirurgia pélvica. A menopausa também pode aumentar o risco.
Nos homens, a incontinência de urgência é mais comum, caracterizada pela necessidade súbita e incontrolável de urinar. Fatores como diabetes, insuficiência cardíaca e distúrbios do sono podem contribuir, sendo a prostatectomia uma das causas mais comuns devido a possíveis lesões nos nervos e músculos.
Outras causas comuns são: doenças que comprimem a bexiga, sobrepeso, tosse e constipação crônicas, problemas neurológicos como o Parkinson, esclerose múltipla e AVC, além de condições relativas à próstata, no caso dos homens.
Ainda segundo Dr. Humberto, a prostatectomia robótica surge como uma opção moderna e menos invasiva para preservar o controle urinário após a cirurgia, reduzindo as chances de incontinência. “Desta forma, é possível preservar a capacidade de controle sobre a urina, evitando a incontinência urinária”, ressalta.