
Na segunda reunião, artistas apresentaram propostas e conquistaram avanços para transformar o humor em política pública no Ceará
O riso segue ganhando espaço como pauta cultural no Ceará. Na última segunda-feira (21), o Comitê do Humor Cearense participou de uma nova reunião com representantes do Governo do Estado, reforçando o compromisso de transformar o humor em uma política pública permanente. O encontro, realizado no Palácio da Abolição, deu continuidade às articulações iniciadas com a apresentação do projeto Ceará Feliz, que propõe ações concretas em prol da cadeia produtiva do riso.
Estiveram presentes os secretários Eduardo Bismarck (Turismo), Luísa Cela (Cultura), Chagas Vieira e Gabriel Rochinha (Casa Civil) e o comitê de humoristas foi composto por Ciro Santos, Titela, Lailtinho, Madame Mastrogilda, Victor Alen, Marcelino Montezuma, Alex Nogueira e Eri Soares.
Durante a reunião, avanços importantes foram consolidados. Entre os principais pontos, destacam-se a presença de humoristas em campanhas e eventos oficiais do Governo, a realização de shows e workshops em feiras turísticas pelo Brasil e o reconhecimento do humor como ativo estratégico na promoção da imagem do Ceará. “O humor sempre divulgou o Ceará… agora é hora do Ceará divulgar o humor”, ressaltou Lailtinho, coordenador do grupo.
Outra conquista foi o compromisso da Secretaria da Cultura em revisar o resultado do último Edital das Artes, identificando falhas na seleção de propostas da área de comédia. Além disso, será criado um grupo de trabalho para resolver pendências de prestação de contas e propor regras mais claras e justas para futuros editais voltados ao setor.
A parceria com o Instituto Mirante também foi encaminhada, com o objetivo de mapear espaços culturais aptos a receber espetáculos de humor em todo o estado. A ideia é garantir que equipamentos públicos como o Centro Cultural do Cariri, a Casa de Saberes de Quixadá e a Casa de Antônio Conselheiro, em Quixeramobim, sejam ocupados por apresentações de humoristas locais.
O projeto Ceará Feliz, apresentado no primeiro encontro, propõe ainda ações voltadas à educação e à mobilidade cultural dos artistas. Uma das metas é incluir atividades de humor em escolas de tempo integral e cursos profissionalizantes, utilizando a comédia como ferramenta pedagógica e de saúde mental.
A nova rodada de conversas representa um passo decisivo na institucionalização do humor como linguagem cultural de estado. “O humor cearense não é apenas entretenimento: é patrimônio, identidade e resistência”, reforçam os integrantes do comitê.
O grupo segue mobilizado e já prepara os próximos passos para consolidar o plano de ação. Com apoio do Governo e engajamento dos artistas, o Ceará pode se tornar referência nacional em políticas públicas voltadas ao riso — um símbolo de leveza, crítica social e criatividade que sempre fez parte da alma do povo cearense.