
Festival Cidade da Cultura aposta no intercâmbio internacional para colocar nossa cultura no centro do mundo com arte, performance, literatura e música
Evento traz a São Paulo atrações vindas da Austrália (a estrela em ascensão da dança australiana, o coreógrafo e diretor Lewis Major, e o circo acrobático
Ten Thousand Hours), Espanha (a performance de Alex Pachón), Colômbia (exposição da artista visual indígena Julieth Morales) etc.
Lançamento de livro do escritor cubano Leonello Abello Mesa, documentários e exposição de fotos sobre os povos originários da Finlândia e eventos sobre mercado cultural com, Coreia, Espanha, Suíça, Irlanda e Alemanha também entram na grade. Na área nacional, charme à parte é o trajeto que leva o público a embarcar em visita guiada por roteiros de galerias de arte da cidade, com serviço de transporte, organizados por bairros. Mais de 20 livrarias de várias regiões estarão com atividades rolando.
Evento cultural de grande amplitude, que espera movimentar 35 galerias de arte, 25 livrarias, institutos culturais e 30 casas de show, o multiartístico FESTIVAL CIDADE DA CULTURA desembarca em São Paulo entre 1 e 31 de julho com atrações gratuitas em várias áreas de expressão artísticas, entre elas, performance/circo, exposição, literatura, instalação/intervenção e música. O festival integra mais de 150 espaços da cidade, com dezenas de atrações, entre internacionais e nacionais.
Criado pelo diretor do Polo Cultural, Marcelo Sollero, o Cidade da Cultura é a reunião de projetos temáticos idealizados por sua produtora, como o Arena da Palavra (Literatura), Jam Brasil (Música), Arte em Circuito (Artes Plásticas), Corpo em Performance (Teatro, Circo, Dança), Diplomacia Cultural (Mercado) e Areninha (Infantil). Na programação voltada ao mercado e fechada ao público em geral, a proposta é ter um calendário de eventos internacionais com foco em mercado, cultura e cooperação com outros países, com a ideia de promover o Brasil no exterior e trazer novos canais de financiamento, negócios e trocas culturais.
CORPO EM PERFORMANCE – A potência australiana House of Oz
Na programação aberta ao público, serão realizados eventos de destaque. A House of Oz, premiada potência filantrópica, dedicada a promover a cultura e as artes criativas australianas no cenário internacional – idealizada pela patronesse, fundadora e diretora criativa Georgie Black – trará pela primeira vez ao Brasil três espetáculos.
São eles: o novo espetáculo da Gravity & Other Myths, Ten Thousand Hours, que promete arrebatar o público com a extravagância acrobática de artistas de classe mundial; o turbilhão de som e luz da dança Triptych e a instalação/intervenção Golden Monkey, em que uma escultura inflável de um macaco dourado de 14 metros de altura é içada em um prédio.
A obra da artista australiana Lisa Roet – que transmite mensagem sobre o aquecimento global e a perda de habitat que afeta o raro animal, nativo da fronteira entre China e Mianmar – será pendurada em local a ser definido, certamente em um edifício icônico da cidade.
Ten Thousand Hours é uma ode às incontáveis horas necessárias para alcançar grandes feitos. Oito acrobatas investigam a habilidade física: como a obtemos, como a aperfeiçoamos e como ela pode transformar nossas vidas. Esta extravagância acrobática para toda a família está repleta de tudo o que você ama em Gravity & Other Myths e uma homenagem à dedicação necessária para se tornar um acrobata de classe mundial.
Triptych é uma performance criada em colaboração entre a estrela em ascensão da dança australiana, o coreógrafo e diretor Lewis Major, e sua companhia, com seu mentor, o “principal criador de dança moderna da Grã-Bretanha” (The Daily Express), o lendário Russell Maliphant OBE. Três peças de repertório únicas investigam diversas possibilidades poéticas, ritmos e ciclos universais interpretados pela companhia de dançarinos de Major. Esta é uma noite cativante de dança, de conexão entre os mundos interno e externo – de não dualidade – tudo ambientado em um turbilhão de movimento, som e luz.
House of Oz oferece financiamento para produção, marketing e recursos de relações públicas, além de cobrir custos de viagem e hospedagem. Com um histórico notável de produção de mais de 1.000 apresentações e facilitação de turnês internacionais para artistas australianos, a House of Oz exibe a rica diversidade e excelência do talento australiano internacionalmente.
Sobre a Gravity & Other Myths
Também conhecida por GOM, é uma das companhias de arte mais aclamadas da Austrália na última década. Apelidada não de pequena a média, mas de pequena e poderosa, é a única companhia de arte sul-australiana de seu tamanho com amplo reconhecimento global.
Desde sua fundação em 2009, a cia estreou oito obras aclamadas, apresentadas em 38
países para públicos superiores a 800 mil pessoas. “Nos orgulhamos de fazer arte para todas as pessoas. Nosso trabalho celebra a humanidade, a brincadeira e a virtuosidade física. É ousado, atrevido, ousado e inovador, um verdadeiro produto da companhia que o cria. Nos deleitamos em desafiar o circo como forma de arte e nos esforçamos para existir além de seus limites”, informa o texto no site do grupo.
Da Espanha e Colômbia
A grade internacional do festival apresenta, ainda, atrações estrangeiras vindas, respectivamente da Espanha e da Colômbia. O cineasta e artista digital espanhol Alex Pachón, que trabalha com a intersecção entre dança contemporânea, cinema e nova mídias, fará apresentação de performance, dará oficina e palestra. Diretor do festival Internacional de cine, danza Y nuevas mídias (Fiver), Pachón vai selecionar bailarinos brasileiros para levar à Espanha em setembro para participar deste festival, que este ano homenageia o Brasil.
Da Colômbia virá a artista visual indígena contemporânea Julieth Morales, que inaugura exposição de obras sobre os povos originários. Ela mora no interior da Colômbia fará uma performance na abertura da 18a edição da mostra de Performances VErbo, na galeria Vermelho e exposição na Casa de Cultura do Parque, depois de sua exposição em Inhotim, onde esteve em abril.
Na programação internacional destaque, também, para a exposição da artista visual Issa Watanabe (Peru); o lançamento do livro de Leonello Abello Mesa (Cuba); exposição de fotografias de artistas da Itália, uma mesa sobre o autor Sándor Marai (Hungria); uma mesa sobre Fundos para a Cultura (Coreia); documentários e exposição de fotografias (Finlândia); lançamento de livro de escritora da Armênia.
A realização do Festival Cidade da Cultura está sendo viabilizada por meio de parceria com
embaixadas e consulados, além de instituições culturais internacionais e câmaras de comércio, por meio da Lei Rouanet, com patrocínio da Comgás, idealização do produtor de eventos Marcelo Sollero, CEO do Polo Cultural, o realizador. “A programação está sendo montada e a ideia é fortalecer as relações culturais do Brasil com outros países, promovendo intercâmbios, alargando fronteiras e investindo nesse mercado”, fala Sollero
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ARTE EM CIRCUITO – Trajeto pelas galerias e Casa da Finlândia
O Arte em Circuito é uma mostra de eventos e atividades em espaços de arte e galerias. A programação mapeou exposições, bate papos com artistas, vernissages, visitas guiadas, formações e performances em uma série de galerias, espaços, coletivos e núcleos da cena das artes visuais da Capital.
Serão eventos especiais espalhados pelos dias da semana e, nos fins de semana, a proposta é a realização de circuitos a pé ou van, com a possibilidade de serviço de guia. Os percursos podem ser feitos a pé, de transporte público ou em vans com promovendo uma experiência imersiva em diferentes bairros da cidade.
Arte em Circuito divide várias galerias de arte da cidade em distritos ou núcleos, conforme a localização. São 6 circuitos em 6 datas diferentes. Confira abaixo a programação completa:
5 de julho – Circuito Barra Funda (Circuito a pé)
O circuito explora o bairro da Barra Funda, uma região em transformação que tem atraído espaços de arte devido aos seus galpões amplos e atmosfera industrial. O percurso inclui galerias como Mamute, Arte Fasam, Galpão 556, Gruta e Izabel Pinheiro galeria Tato, que convidam o público a descobrir esse polo artístico ainda pouco explorado. O circuito busca valorizar a arquitetura e o charme da São Paulo horizontal, destacando o potencial do bairro no cenário artístico contemporâneo.
11 de julho –Núcleo Elo 103 (a pé)
Localizado no coração do centro da cidade, o Núcleo Elo 103 é um coletivo formado por espaços como Tingê, Arte8, Casulo Arte e Cultura e Virgilio Neves, todos localizados no icônico edifício nº 103 da Avenida Tiradentes. O circuito promove uma imersão nos ateliês e propostas contemporâneas destes artistas, incentivando a redescoberta do centro histórico de São Paulo como território criativo e potente.
12 de julho – Circuito Centro (Com apoio de Van)
Um mergulho no circuito das artes visuais do centro de São Paulo, com transporte oferecido pelo festival. A rota inclui visitas a espaços como Verve, Lateral Galeria, Espaço 81, Tingê, Casulo, Arte8, Galeria Retina e Atelier Araú, promovendo uma experiência plural e diversificada da produção artística local. Com a presença de um guia especializado, o circuito será acompanhado por contextualizações sobre as obras, os artistas e o entorno urbano.
19 de julho – Circuito Paulista (com apoio de van)
Este circuito propõe um olhar sobre os espaços de arte nas proximidades da Avenida Paulista, eixo simbólico de cultura e diversidade em São Paulo. Com transporte e guia, os participantes visitarão galerias e ateliês que propõem diálogos com o cotidiano da metrópole, conectando arte, cidade e mobilidade.
25 de julho – Circuito “Vem na 6ª” (a pé)
O “Vem na Sexta” é um circuito formado por espaços autônomos de arte na Vila Madalena, como Projeto Fidalga, Fonte, Soda, Canteiro. Esses espaços atuam em rede com base em vínculos afetivos e práticas colaborativas, incluindo exposições, residências e ações formativas. O circuito propõe um passeio pelas ruas do bairro, celebrando sua história artística e resistência cultural, mesmo diante da gentrificação.
26 de julho – Circuito Pinheiros (com apoio de van)
Com saída em van, esse circuito percorre espaços de arte em Pinheiros, incluindo Gravura Brasileira, Alma da Rua, Galeria Diáspora, Kobby Gallery, Ímã Foto Galeria, Bolsa de Arte e Casa Galeria Oficina de Arte, entre outros. Um roteiro que reúne a multiplicidade de linguagens da arte contemporânea brasileira em um dos bairros mais vibrantes da cidade.
O Arte em Circuito é uma oportunidade única de redescobrir São Paulo por meio da arte, da convivência e da mobilidade urbana. Com mais de 40 espaços mapeados, o festival amplia o acesso à cultura e incentiva a aproximação entre público, artistas e território.
Mais informações e detalhes sobre a programação serão divulgados em breve.
DIPLOMACIA CULTURAL
Programação dirigida a público específico, tem a ideia de promover eventos com foco em mercado, trazendo representantes internacionais para apresentarem os mecanismos usados por seus países para viabilizar intercâmbios na área cultural, abrindo canais de financiamento. O primeiro evento da série será realizado no dia 21 de julho, na sede do Centro Cultural Coreano no Brasil, localizada na Avenida Paulista. Estão previstas ainda as participações de pelo menos outros três países: Espanha, Suíça, Irlanda e Alemanha. “Proposta é construção de canais de financiamento por meio de diálogos com esses países”, afirma Marcelo Sollero.
Neste setor, a programação inclui palestras sobre política cultural com produtores de vários institutos culturais, como a que envolve representantes do Instituto Guimarães Rosa, órgão governamental brasileiro que promove as relações culturais do Brasil. Serão agendas fechadas, voltadas ao mercado e públicos específicos. “Como trazer artistas internacionais para o Brasil e como funcionam os mecanismos de financiamento estrangeiros estão na pauta de encontros dirigidos a públicos específicos”, diz Marcelo Sollero, citando o Centro Cultural Coreano e o Instituto Cervantes.
JAM BRASIL
Celebrar a diversidade e a vitalidade da cena musical de São Paulo inserida na plataforma ampla do Jazz e da MPB é a proposta do projeto Jam Brasil. Entre as casas de música participantes do festival, destaque para Barletta, Raiz Club, 321 Club, TonTon Jazz, Miles Wine, Jazz Factory, Bar Baixo Pinheiros, Drosophyla Bar, Wiplash Bar, Galeria Alma da Rua, Véio Cafuzo, Canto Negro e Casa de Liége.
“O objetivo da programação é apresentar a boa música que pulsa em todos os cantos da cidade”, fala Marcelo Sollero, diretor do Festival Cidade da Cultura. Está dividido por circuitos, conceito denominado para destacar os diferentes espaços da cidade abertos para o jazz e a MPB. Serão 18 shows em 18 casas entre dias 8 e 27 de julho.
Lista de livrarias, autores e outras informações – https://arenadapalavra.com.br/livrarias/