
O podcast “Que Não Saia Daqui”, apresentado por Manola, lança nesta semana um episódio que transita entre a leveza da folia e a densidade do direito penal. O convidado é o Dr. Rodrigo Azambuja, defensor público há 15 anos, budista e percussionista de blocos de carnaval, que traz uma visão humanista e filosófica tanto para os palcos da festa quanto para o Tribunal do Júri.
O episódio começa descontraído, revelando o lado “folião” de Azambuja. Sagitariano de 1985, ele compartilha sua paixão por tocar alfaia e surdo em oficinas. Para ele, o carnaval é mais do que festa; é um ato democrático e de resistência: “No carnaval a gente consegue estar na rua de maneira democrática… celebrar a vida e a alegria, mesmo apesar das adversidades”, afirma o defensor.
Da biologia à filosofia jurídica
A conversa ganha profundidade quando o tema vira a existência humana. Azambuja reflete sobre o “milagre da vida” — da matéria inorgânica à complexidade da mente humana — e como o budismo influencia sua visão de mundo e ética universal.
O defensor e a apresentadora debatem a dificuldade de encontrar neutralidade na era da informação (“nem sabão é neutro”, brinca Azambuja) e a importância de furar a bolha midiática para enxergar crises humanitárias negligenciadas, como a atual guerra e deslocamento em massa no Sudão.
Bastidores da Justiça Criminal
Na segunda metade do programa, o papo entra na rotina forense. Atuando na defesa de crimes contra a vida (homicídios, infanticídios, aborto e induzimento ao suicídio) no Rio de Janeiro, Azambuja explica conceitos jurídicos complexos de forma acessível:
Infanticídio e Estado Puerperal: A distinção legal entre homicídio e o crime cometido pela mãe sob influência do pós-parto.
Saúde Mental e Inimputabilidade: O debate sobre medidas de segurança, a luta antimanicomial e o abandono dos antigos manicômios judiciários.
A Dialética do Júri: A defesa do Tribunal do Júri como um espaço necessário de confronto de ideias para se alcançar uma decisão justa.
O episódio é um convite para entender como a empatia e o treinamento da mente podem ser ferramentas poderosas tanto para viver em sociedade quanto para julgar o próximo.
Sobre Manola
Manola é uma artista multifacetada que transita com autenticidade entre a música e a comunicação. Cantora, compositora, criadora de conteúdo e empresária, utiliza sua voz e suas letras para explorar temas como amor-próprio e relacionamentos, inspirando o público a viver com liberdade e verdade. Com mais de 20 canções lançadas e reconhecimento crescente nas plataformas digitais, sua carreira musical caminha lado a lado com sua paixão por conectar pessoas e promover o bem-estar.
Idealizadora e apresentadora do podcast Que Não Saia Daqui, Manola cria um espaço intimista dedicado a conversas profundas sobre propósito, autoconhecimento e desenvolvimento pessoal. A terceira temporada do podcast, iniciada em 16 de abril, convida figuras inspiradoras para compartilharem suas histórias, aprendizados e trajetórias.
Sobre o Podcast “Que Não Saia Daqui”
Que Não Saia Daqui é um projeto autoral de Manola que nasceu da vontade de escutar e contar histórias reais. Cada episódio é um convite ao mergulho em conversas sinceras com pessoas que têm algo importante a dizer — artistas, criadores, empreendedores e pensadores contemporâneos.
Com uma atmosfera acolhedora, o programa propõe reflexões sobre vida, arte, saúde mental, carreira e bem-estar. A proposta reflete a jornada pessoal de Manola, marcada por múltiplos recomeços e pela crença no aprendizado contínuo.
A produção do podcast conta com a parceria da V7 Filmes, produtora audiovisual reconhecida por sua excelência e criatividade. A V7 atua desde a concepção de roteiros até a pós-produção e gerenciamento de mídias sociais, com um portfólio que inclui nomes como Bianca Salgueiro, Deborah Evelyn, Daniele Hypolito e Renato Rabelo.
Sobre o Convidado – Rodrigo Azambuja
Rodrigo Azambuja é Defensor Público há 15 anos, atuando atualmente no Tribunal do Júri do Rio de Janeiro na defesa de casos de crimes contra a vida, como homicídios e infanticídios.
Fora dos tribunais, ele se define como um “filho do carnaval” e budista. É percussionista amador, tocando alfaia e surdo em blocos, e enxerga a festa popular como um espaço democrático vital para celebrar a alegria diante das dificuldades da vida.
A sua visão de mundo une o direito à filosofia. Azambuja acredita que a justiça verdadeira depende do confronto de ideias e defende que o grande diferencial humano é a capacidade de treinar a mente para agir com ética e compaixão, superando os instintos. Além disso, mantém um olhar crítico sobre questões sociais negligenciadas e o sistema manicomial.
