sexta-feira, março 21 Notícias do Brasil e do Mundo, 24h por dia

Dia Mundial da Poesia: Dinho Ouro Preto, Rachel Reis, Tuyo e outros artistas refletem sobre suas inspirações

Nesta sexta-feira, 21 de março, é celebrado o Dia Mundial da Poesia, uma data dedicada a enaltecer o poder das palavras, a expressividade dos versos e a importância da literatura na cultura e na sociedade. A poesia está presente em diversas formas de arte, incluindo a música, onde letras carregadas de significado emocionam e inspiram o público. Em homenagem à data, artistas de diferentes cenas e gêneros musicais compartilham suas principais influências poéticas e como essas referências, que vão de clássicos da poesia brasileira a escritores contemporâneos, impactam suas trajetórias e reafirmam a força das palavras e a capacidade da poesia de transformar e inspirar.

Dinho Ouro Preto (Capital Inicial)

“Olha, para mim quem representa poesia são duas pessoas que conheci e que conseguiram dizer coisas de forma esplêndida, em poucas palavras. São elas: Renato Russo e Cazuza. Acho que eles eram incrivelmente talentosos e sabiam escolher palavras que pareciam nunca terem sido ditas antes.”

Lio Soares (créditos: Lucas Nery)

Lio Soares (Tuyo)

“Carolina Maria de Jesus chegou em mim por ‘Quarto de Despejo’ (1960) e foi querendo saber mais sobre ela que encontrei ‘Muitas fugiam ao me ver’ (1996), um dos poemas mais ‘machucantes’ da literatura brasileira.”

Rachel Reis (créditos: Larissa Kreili)

Rachel Reis

“Vou falar de um livro que estou lendo agora: ‘Bagagem’, de Adélia Prado. O que me chamou a atenção para lê-lo foi o trecho ‘Eu sempre sonho que uma coisa gera, nunca nada está morto. O que não parece vivo, aduba. O que parece estático, espera’.”

Carol Juno (créditos: Renan Jordão)

Carol Juno

“A minha conexão com a poesia vem da composição, foi a minha porta de entrada para a criação musical. Nada mais justo que indicar um livro de poesias de um dos maiores compositores e poetas que nós já tivemos, Marcelo Yuka. ‘Astronautas Daqui’ é um livro extremamente pessoal, lúcido e assustadoramente profético. A capacidade de Yuka de identificar e dissecar o universo ao seu redor é um prato cheio para qualquer leitor e, especialmente, para aqueles que também são compositores. É como sentar para conversar com ele em uma sala onde ‘faltou luz mas era dia’. Dentre os meus poemas favoritos no livro estão ‘Agora Nesse Momento’ (pág. 96), ‘Memórias Artesanais’ (pág. 98), ‘Noites Amazônicas’ (pág. 110), ‘Panam’ (pág. 127), ‘Translúcido’ (pág. 149), ‘Na Hora Em Que Eu Me Perder’ (pág. 179) e ‘Os Anjos da Carniça’ (pág. 267).”

Malka Julieta (créditos: Jefferson Carvalho)

Malka Julieta

“Amo ‘Segunda Queda’, da escritora Ave Terrena. Foi o primeiro livro que li de uma escritora trans brasileira e, na linguagem dela, me identifiquei muito com as imagens que alimentam meu imaginário até hoje. Nele, a Ave brinca com o domínio do português e o pajubá de maneira a criar uma nova forma de comunicação e entendimento de sentimentos mais variados e lindos.”