
O compositor e pianista André Balboni mergulhou na tradição afro-brasileira para desenvolver seu mais recente álbum “Dança dos Orixás”, um minucioso trabalho de pesquisa que propõe um encontro das religiões de matriz africana com o jazz. Mas é o jazz de Moacir Santos que aqui prevalece, moldando o trabalho com contornos brasileiros de fato.
Ao longo das oito faixas, o ouvinte vai se deparar com belos temas, desenvolvidos em composições modais e uma banda estelar. O disco está disponível nas plataformas digitais, abraça Exu (na inspirada “Encruzilhada”), evoca a sensualidade da Pomba-Gira (em “Moça branca sai da garrafa”), afaga Iemanjá Ogunté (em “Cinza de rosas”) e até traz de volta a “Igrejinha”, de Hermeto Pascoal.
Repertório.
1 – Encruzilhada: Dança de Exu (André Balboni).
2 – Dança de Logun Edé (André Balboni).
3 – Canto do Jacu Preto: Dança das Iyami (André Balboni e Ricardo Santo).
4 – Cinza de Rosas: Dança de Iemanjá Ogunté (André Balboni).
5 – Moça branca sai da garrafa: Dança da Pomba-Gira (André Balboni).
6 – Na porta do mundo: Dança de Exu-Ogum (André Balboni).
7 – Igrejinha: Dança de Oxalá (Hermeto Pascoal, arranjos André Balboni).
8 – Rapsódia Brasileira: Dança de Xangô Airá (André Balboni).
Por: Clilton Paz.
Fonte: Alexandre Aquino.
Foto: Stella Balboni.