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Georgia apresenta conceitos de lar em “TOCA”, álbum com produção dos Los Brasileros Com críticas ao patriarcado, Georgia apresenta conceitos de casa em “TOCA”

(Foto: Nabru)

Ao lado dos premiados Los Brasileiros, a artista lança o projeto em 10 de outubro, e explora ‘casas’ e protesta contra tópicos como o patriarcado em 12 faixas

Georgia vem com tudo em “TOCA”, seu novo álbum de estúdio, que será lançado em 10 de outubro e tem produção de Los Brasileiros, vencedores do Grammy Latino ao lado da musa Karol G, Riff, Ragg e DJ Raffa Santoro, além de contar com a parceria de nomes como Iyzis, Cintia Savoli e Hynoto MC. O projeto é uma jornada que conta a história de uma mulher descobrindo suas várias casas e evocando toda a força, junto da luta e de protestos contra o patriarcado. Por exemplo: “É um álbum que narra essa jornada e vai atravessando os diversos conceitos de casa. Casa alma, casa corpo, casa ‘casa’, e casa mundo. Desde a questão de carregar um ser humano dentro de si e todos os impactos que isso reverbera, sejam renúncias pessoais ou até o peso do patriarcado, e a analogia de outros diversos seres imateriais que também são criados, gestados e se dão à luz nessa força tão potente que é ser mulher”, contou.

Explorando todos esses conceitos sob as mais diversas perspectivas, como alma e corpo, através de 12 faixas, Georgia narra sua jornada pessoal, desde a descoberta da maternidade em meio à pandemia até as reflexões sobre o papel da mulher na sociedade: “Esse álbum representa, para mim, um processo muito visceral sobre o conceito de casa. As vísceras não se compõem somente do agradável e do belo, mas a arte tem o poder de embelezar o desengonçado, mesmo que soando ainda desconfortável. As músicas caminham pela narrativa que vivi a partir de 2020, quando descobri que seria mãe em meio a uma pandemia, e todos os milhares de outros mundos que esse assunto se desmembrou durante essa trajetória. Questionei o que era ser mulher, descobri um novo peso patriarcal que antes tinha certeza de que já conhecia, só que dessa vez, tremendamente mais avassalador. Sonhos que se desmancharam pelo tempo infinito de madrugadas adentro e que se refizeram com a luz do sol que sempre vinha da janela afora. TOCA é sobre o que toca a alma e seus desejos, é sobre um afeto perdido pela civilização moderna, é sobre o que nos deixamos ser tocados, ou intocados, ou entocados”, pontuou.

Produção audiovisual e parcerias

Cada uma das faixas do álbum conta com produção audiovisual, todas concebidas, criadas, editadas e gravadas pela artista e Nabru, que compartilham uma amizade e uma paixão pela criação sem limites. O álbum também marca parcerias importantes, como a com Iyzis, parceiro na vida e na música, em uma faixa que explora o amor moderno de forma lúdica.

Cintia Savoli, que ela conheceu em Pirenópolis, Goiás, também se destaca no álbum: “Ela foi o canal para que o ‘TOCA’ fosse elaborado e concebido. Fui abraçada pelo DJ Raffa, que assina inúmeras faixas do álbum, inclusive ‘HYSTERIA’, que é minha faixa com a Cintia. Uma faixa que fala explicitamente sobre as malezas de ser mulher no mundo”, revelou.

E Hynoto MC, mesmo sem o ter conhecido pessoalmente, é parte integrante do projeto por terem se conectado nas redes sociais de forma genuína, com ele declarando seu amor pela arte dela em um período que ela definiu como “perdida no protagonista de sua vida” durante a pandemia. Ele encaminhou um beat para ela e Georgia ‘canetou’versos poderosos, o que a fez se reconectar consigo e sua arte.

Próximos passos

TOCA representa não apenas o lançamento de um novo álbum, mas também o início de uma nova fase na carreira de Georgia. Os próximos passos de sua carreira serão guiados por essa transformação pessoal, marcada por profundas reflexões e renascimentos: “Acredito que os próximos passos da minha carreira sejam pensar na minha carreira. Pode parecer óbvio ou absurdo, mas nunca parei de fato para planejar ou prospectar minha carreira. Esse álbum é o fim de um tempo e o início de outro. Nele, existem os dois mundos. Não gosto muito desse conceito de ‘eras’ quando penso na minha jornada, pois ‘eras’ não são previamente conceituadas ou pré-estabelecidas, como funciona no mercado. Essas fases se marcam, geralmente, por mortes simbólicas de nosso ser, que envolvem libertação e liberação, mas também carregadas de muitas dores, dúvidas, crises e angústias. São marcos importantes e naturais. São inevitáveis; nossa única certeza é que morremos e nascemos diversas vezes em vida. Dessa vez, eu morri tão morrida que esse nascimento foi mais forte que os anteriores. Os próximos passos serão os conseguintes desses.”, finalizou.