
Executivo destaca a importância da cultura de desempenho, inovação prática e abertura ao novo como diferenciais competitivos no cenário global
O executivo Celso Ricardo Souza Lima, referência em gestão comercial e liderança corporativa, acredita que o sucesso profissional é resultado da combinação entre método, pessoas e cultura de desempenho. “Sempre fui obcecado por resultados, com uma visão pragmática de processos e estratégia. Utilizo o PDCA como disciplina diária, planejar, executar, medir e ajustar”, afirma.
Com uma trajetória marcada por grandes resultados e equipes de alta performance, Lima destaca seis pilares que moldaram sua carreira: disciplina, organização, gestão, trabalho em equipe, treinamento contínuo e foco em resultados. “Tive a sorte de aprender com chefes excelentes e de liderar times que acreditaram no propósito. A consistência nasce dessa soma.”
Autor do artigo “Os Dinossauros Vão Morrer”, o executivo provoca uma reflexão sobre gestão de mudança e cultura organizacional. Para ele, convicções inquestionáveis podem se tornar prisões. “Empresas que dominaram o mercado por anos perderam o timing por não confrontarem seus próprios dogmas. Cultura pode mudar, desde que haja liderança exemplar, metas claras e segurança psicológica. O poder passado não garante o futuro quando o meteoro da mudança chega. Adaptação é condição de sobrevivência”, ressalta.
Segundo Lima, muitas organizações fracassam porque confundem convicção com teimosia. “Faltou humildade para revisar crenças e abrir espaço ao contraditório. As que prosperam cultivam curiosidade sistemática, medem o que importa e pivotam quando necessário, sem apego a heranças.”
Tecnologia e Humanidade: o equilíbrio necessário
Ao analisar o impacto da Inteligência Artificial nas relações comerciais, Celso Ricardo Souza Lima vê avanços e desafios. “A IA já saiu da teoria e está no cotidiano, ampliando produtividade e qualidade das decisões. O risco está na desumanização das relações. Em negociações complexas, confiança e contexto ainda são insubstituíveis”, explica.
Para ele, o futuro do setor comercial será de integração entre tecnologia e empatia. “A vantagem competitiva continuará na combinação de IA com julgamento humano, ética e criação de valor real para o cliente.”
Inovação, Juventude Mental e Relevância
Para Lima, inovar é encontrar um novo encaixe entre uma necessidade real e uma solução viável. “Nem sempre significa alta tecnologia; muitas vezes é reenquadrar o problema, redesenhar processos ou integrar dados de forma inteligente”, define.
O executivo acredita que permanecer relevante exige três hábitos: ouvir os clientes com método, medir impacto com métricas de valor e iterar sem apego. “A isso somam-se cadência de aprendizagem, testes rápidos e um portfólio equilibrado de apostas, algumas incrementais, outras transformacionais.”
Outro conceito central em sua visão é o de juventude mental. “Trata-se de abertura ao novo, coragem para testar e disposição para desaprender. Não tem a ver com idade, mas com atitude. Pessoas sêniores com mente jovem aceleram transformações, assim como jovens com mentalidade fixa podem frear avanços. Em um mundo de mudanças rápidas, juventude mental é vantagem competitiva.”
Futuro e Mentalidade de Adaptação
Apesar da velocidade das transformações, Celso Ricardo Souza Lima mantém uma visão otimista. “A IA pode ampliar prosperidade e acesso, desde que combinada com ética e inclusão. Nosso papel como líderes é transformar aceleração em progresso, com responsabilidade e foco em impacto. O futuro é promissor quando unimos dados, propósito e execução, menos ruído, mais entrega.”
Aos que resistem às mudanças, ele deixa um conselho prático: “Comece pequeno. Experimente algo novo, teste uma ferramenta, leia um livro fora da sua zona de conforto. Faça perguntas poderosas: que evidência sustenta minha crença? O que mudaria se eu estivesse errado? Pequenas mudanças diárias criam a musculatura para as grandes transformações. Como ensina a evolução, não vence o mais forte, vence quem se adapta melhor.”
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Sobre
Celso Ricardo Souza Lima é formado em Sistemas de Informação pelo Mackenzie, possui pós-graduação em Administração pela FGV, MBA Internacional pela FIA e especializações pela Harvard Business School e Wharton School, é executivo com mais de 15 anos de experiência em liderança comercial, gestão de vendas e estratégia de crescimento em empresas nacionais e multinacionais dos setores de serviços, tecnologia e meios de pagamento. Atuou em companhias como Citibank, Rede, Sodexo, Up Brasil e Grupo Brasanitas, com histórico de expansão de receita e formação de equipes de alta performance. Atualmente é Sales Director para a América Latina na Fraud Deflect, empresa americana de tecnologia especializada em prevenção de fraudes e chargebacks, onde lidera a expansão regional e o desenvolvimento de parcerias estratégicas.
