
Depois de um ano do debut “Se Eu Fosse Uma Garota Branca”, KING Saints resolveu dar o presente que ninguém pediu, mas todo mundo precisava: o single “Otário”. A faixa, que chega nesta quinta-feira (2/10), é uma parceria com Traemme e vem produzida pelos Los Brasileros. Porque se é pra começar uma nova fase, que seja chutando porta.
Carregada de ironia (como sempre), a música é aquele hino debochado para quem já caiu na furada de achar que estava salvando um homem da própria mediocridade. E adivinha? Ele acreditou. “ ‘Otário’ é uma música divertida e dançante, aquele hino para as mulheres que caem na armadilha de fazer uma caridade para um homem e ele passa a acreditar que ele é tudo isso mesmo. Acredite, acontece em qualquer idade. Acho que essa era a ideia central minha e da Traemme: ‘Garota, foca na sua carreira, faça seu dinheiro, depois pense em macho.’ Tipo, nada de estar no topo da sua lista de prioridades na sua vida”, manda o papo a dona da voz e da caneta.
Três vezes indicada ao Grammy Latino (sim, não é só deboche: ela tem currículo), KING Saints mistura afrobeat com batidão solar, dando aquele toque de “tô plena, mas ainda ácida porque não consigo ser diferente”. “Após um ano do álbum, eu queria vir mais ‘leve’ sem perder a acidez, até porque eu nem consigo criar assim para mim. E fluiu muito!”, entrega.
Parceria com peso (e fritação)
Traemme chega no feat para reforçar que o pop brasileiro pode sim ter força, sarcasmo e hits que a gente realmente quer ouvir. O encontro ainda vem com clipe dirigido por Gabriel Sorriso, o mesmo que já trabalhou com Clau e Vulgo FK.
“Ter a Traemme é uma honra para abrir esse período que já está sendo muito especial. Temos clipe, temos divas pop, temos rap, acidez e fritação. Essa é a essência dessa nova era e acho que essa música traz tudo isso. Ela é extraordinária: canta muito, compõe, tem uma presença incrível. Eu olho para ela e acredito no pop brasileiro novamente. É uma honra poder ter uma colaboração dela no meu novo projeto. Ela entrega tudo e mais um pouco, sou fã”, elogia KING.
O recado é claro: se você já se pegou pensando que estava ajudando um boy e ele achou que era o dono do mundo, “Otário” é pra você. E se nunca passou por isso, parabéns – você merece um troféu. Agora dá o play e se joga nessa nova fase de KING Saints.
Sobre KING Saints:
Nascida em Duque de Caxias/RJ, KING Saints não precisou pedir licença para entrar no jogo: chegou vestindo ironia e transformando seu berço carnavalesco em combustível para o pop brasileiro mais ousado e sem filtro da cena. Depois de brilhar no Palco Favela do Rock in Rio em 2019, a convite de Marcelo Dughettu, ela fez questão de provar que não era só mais uma voz no coro. O EP Travessia veio no ano seguinte como cartão de visita, mas foi nos feats com Elza Soares, Negra Li, Karol Conká, Luísa Sonza e IZA — duas vezes indicada ao Grammy Latino com o álbum AFRODHIT — que KING consolidou sua assinatura: uma mistura de deboche e autenticidade que ninguém consegue imitar.
E se alguém ainda achava que ela ficaria apenas nos bastidores, compondo para grandes artistas durante mais de uma década, KING resolveu virar o jogo em grande estilo. Seu primeiro álbum autoral, Se Eu Fosse Uma Garota Branca, é um soco de ironia bem-humorada na cara da mesmice, costurado com letras afiadas e uma sonoridade que desafia rótulos. Entre uma indicação e outra ao Grammy Latino, a dona da voz e da caneta assinou a trilha sonora do filme “O Velho Fusca” que chegará aos cinemas no fim de 2025.
KING Saints prova que não está aqui para ser “a nova promessa”, mas sim a artista que já está fazendo as próprias regras. Quem não entendeu, pode dar play — e engolir a lição.