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Lobos de Chernobyl desenvolvem resistência ao câncer: Implicações para a medicina humana

Créditos de: Divulgação / MF Press Global
Créditos de: Divulgação / MF Press Global

Comentado pelo Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Pós PhD em Neurociências, Biólogo e Membro da Royal Society of Biology

A descoberta de mutações genéticas nos lobos de Chernobyl, que parecem conferir resistência ao câncer, marca um avanço significativo no estudo da biologia da radiação. O Dr. Fabiano de Abreu Agrela, especialista em neurociências e biologia, destaca a importância deste estudo conduzido pela Universidade de Princeton.

“Esta pesquisa é um exemplo fascinante de como os desastres ambientais podem, paradoxalmente, conduzir a avanços científicos significativos,” afirma Dr. Abreu. A exposição contínua à radiação na Zona de Exclusão de Chernobyl ofereceu aos cientistas um ambiente natural único para estudar as adaptações genéticas.

Os lobos, submetidos a níveis de radiação muito acima dos seguros para humanos, desenvolveram mecanismos de defesa contra o câncer, uma descoberta que pode ter implicações profundas para a medicina humana. “Ao estudar essas mutações, podemos começar a entender melhor os mecanismos de resistência ao câncer, o que pode levar a tratamentos mais eficazes para a doença,” explica o Dr. Abreu.

Entretanto, desafios recentes, incluindo a pandemia de COVID-19 e conflitos políticos, têm impedido o progresso da pesquisa. Apesar disso, os resultados preliminares apresentados em Seattle lançam uma luz de esperança. “Estamos apenas começando a arranhar a superfície do que é possível aprender com estes animais,” conclui Dr. Abreu, refletindo sobre o potencial de tais estudos para revolucionar nossa compreensão do câncer e de seu tratamento.

Referência: 

https://news.sky.com/story/amp/chernobyls-mutant-wolves-appear-to-have-developed-resistance-to-cancer-study-finds-13067292

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