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6 mitos e verdades sobre a hérnia de disco: saiba mais sobre a doença que afeta 5 milhões de brasileiros

Cada vez mais comum entre os jovens, devido ao aumento da obesidade, hérnia de disco pode ser tratada em 90% dos casos sem cirurgia. Descubra os mitos e as verdades sobre o problema, que é a segunda maior causa de afastamento no trabalho

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 5 milhões de pessoas no Brasil sofrem com a hérnia de disco, uma condição que é a segunda maior causa de afastamento do trabalho no país. A doença, que pode ser desencadeada por fatores como sobrepeso, sedentarismo e até tabagismo, afeta principalmente pessoas entre 35 e 60 anos, mas vem se tornando cada vez mais comum entre os jovens devido ao aumento da obesidade e da falta de atividade física.

Apesar de ser uma condição preocupante, a boa notícia é que, em 90% dos casos, a hérnia de disco pode ser tratada sem a necessidade de cirurgia. A chave para o tratamento está em mudanças de hábitos, incluindo exercícios físicos de fortalecimento muscular, controle do peso e cuidados com a postura. Para entender melhor o que é mito e o que é verdade sobre a hérnia de disco, o neurocirurgião do Hospital Santa Catarina – Paulista, Dr. Osmar José Santos de Moraes, esclarece os pontos mais comuns sobre a doença.

1. O tratamento da hérnia de disco sempre requer cirurgia – MITO
“Muitas pessoas acreditam que, ao ser diagnosticada com hérnia de disco, a única opção é a cirurgia. No entanto, em 90% dos casos, é possível tratar a doença sem intervenção cirúrgica”, explica o Dr. Osmar Santos, neurocirurgião. O tratamento geralmente envolve fisioterapia, atividades de fortalecimento muscular e mudanças de hábitos, como correção da postura e controle do peso. A cirurgia é indicada apenas em casos de compressão neurológica, que são raros.

2. O tratamento conservador para hérnia de disco pode ser eficaz – VERDADE
De acordo com o especialista, o tratamento conservador, que inclui fisioterapia, exercícios de fortalecimento da musculatura abdominal e cuidados posturais, pode ser altamente eficaz. “A hérnia de disco pode ser tratada com mudanças de hábitos e exercícios, pois dois terços da sustentação da coluna vêm da musculatura abdominal”, afirma o Dr. Osmar Santos. O foco deve ser no fortalecimento muscular e na adoção de um estilo de vida saudável para evitar sobrecarga na coluna.

3. Só pessoas mais velhas sofrem de hérnia de disco – MITO
Embora o pico de incidência ocorra entre 35 e 60 anos, a hérnia de disco está se tornando cada vez mais comum entre os jovens, devido ao aumento da obesidade, sedentarismo e má postura, especialmente no ambiente de trabalho. “O aumento da obesidade e da falta de atividade física entre os mais jovens tem feito com que os casos de hérnia de disco se tornem mais frequentes nessa faixa etária”, explica o neurocirurgião.

4. A dor causada pela hérnia de disco pode irradiar para outras partes do corpo – VERDADE
Um dos sintomas mais comuns da hérnia de disco é a dor lombar, que pode irradiar para os membros inferiores. “A dor pode começar na região lombar e, com o tempo, pode descer para as pernas, piorando com o tempo, especialmente quando a coluna é forçada. Essa dor é um sinal claro de que é necessário procurar um especialista”, afirma Dr. Osmar Santos.

5. A hérnia de disco é exclusivamente causada por fatores genéticos – MITO
Embora a predisposição genética possa ser um fator, a hérnia de disco é frequentemente desencadeada por uma combinação de fatores ambientais, como peso excessivo, sedentarismo e tabagismo. “Pessoas que não praticam atividades físicas, têm sobrepeso ou fumam estão mais suscetíveis a desenvolver a doença, mesmo que não haja histórico familiar”, explica o neurocirurgião do Hospital Santa Catarina – Paulista.

6. O diagnóstico da hérnia de disco é feito apenas por exame físico – MITO
Embora o exame físico seja essencial, o diagnóstico da hérnia de disco envolve também exames de imagem, como a tomografia e a ressonância magnética, que ajudam a determinar a gravidade e a localização da lesão. “O exame físico e a anamnese ajudam a identificar os sintomas, mas os exames de imagem são cruciais para determinar o tamanho da lesão e o melhor tratamento”, ressalta o Dr. Osmar Santos.