Não somos, estamos
Na língua portuguesa o verbo ser e estar se relaciona, em termos psicanalíticos, diretamente com nosso emocional. Como assim? Quando entendemos que não somos, mas, constantemente, estamos. Tal premissa mostra que não somos alegres ou tristes, mas estamos alegres ou estamos tristes. E o que me ajuda saber disso? Nos faz ponderar a respeito de nossas ações e de como elas podem e devem ser vistas. Da mesma maneira, nos ajuda a pensar nas ações do outro, no que motivou tais ações e na expectativa de que tudo pode se fazer novo.
Sendo assim, nos traz esperança e um olhar mais compassivo para as ações impensadas, ferinas ou humilhantes que alguém pode desferir a mim. Não significa que não sentiremos. Absolutamente! Mas teremos a disposição de ponderar a respeito e buscar um caminho de entendimento que minimize a angústia e a frustração oriunda de uma atitude que não condiz com a harmonia e a paz. Também, entender o estar do ser nos faz ter aquilo que amamos achar que temos: controle sobre qualquer coisa. Mas, o mais interessante é que entendemos que podemos ter um certo controle sobre nós mesmos. O que já é uma grande possibilidade para termos uma vida mais significativa.
Outra pertinente constatação é de que percebemos que nossos estados emocionais, assim como dos outros ao nosso redor, são situações temporárias, ou seja, vão passar. É apenas uma fase. Depois destes ditos, percebemos que o que nos tranquiliza é o fato de que o que sentimos nunca se repete da mesma maneira e jamais é igual à forma como a outra pessoa se sente. E o que esta descoberta nos faz pensar? Qual o olhar que devemos ter para com a forma como as pessoas transfiguram suas emoções? Mesmo que esta catarse não seja muito interessante, qual deve ser nossa atitude diante delas, reconhecendo que todos somos diferentes?
Vou te deixar com estes questionamentos para que você possa, por meio da ponderação que eles te suscitarão, crescer em seus relacionamentos interpessoais.
Um fortíssimo abraço para você
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