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    Categorias: Música

Orquestra Ouro Preto realiza festival gratuito com Carlinhos Brown e Pato Fu, em Copacabana

(Crédito @rafagarcia)

Uma das mais brilhantes formações orquestrais do país leva para a Praia de Copacabana quatro concertos gratuitos, com convidados como Carlinhos Brown e Pato Fu

Música de concerto, pop, rock, MPB. A união de diferentes sonoridades, através de repertórios consagrados e homenagens especiais, é uma das premissas do evento ‘Orquestra Ouro Preto Vale Festival’, que acontecerá nos dias 22 e 23 de junho, em plena Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Gratuito, o festival contará com quatro concertos inéditos na cidade, em um final de semana, sob a regência do maestro Rodrigo Toffolo e as presenças da ousada banda Pato Fu e do cantor, compositor e multi-instrumentista Carlinhos Brown. O evento conta com o patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Para Toffolo, regente titular e diretor artístico da Orquestra, apresentar um festival de concertos em um dos cenários mais famosos do mundo será muito marcante para o conjunto: “Copacabana, além de ser um dos mais importantes cartões postais do mundo, vem se tornando uma grande vitrine para nós. É um prazer enorme apresentar toda a versatilidade da Orquestra em um espaço tão democrático, onde todas tribos se convergem, levando a música de concerto a um patamar de acessibilidade único. É bonito demais ver tanta gente reunida para assistir uma orquestra e seus convidados”.

“Esta é a terceira vez que estaremos junto ao público nas areias da Praia de Copacabana. Desde que pensamos neste espetáculo gratuito, aberto a todos e todas, a ideia foi levar uma variedade de sons para as pessoas. Neste ano, teremos Pato Fu e Carlinhos Brown ao lado da Orquestra Ouro Preto, além de concertos com repertório da banda A-ha e de Gonzagão”, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale. “Nossa parceria de longa data tem sentido porque o Instituto e a Orquestra buscam objetivos em comum: contribuir para a formação de novos públicos, para a democratização do acesso à arte e, acima de tudo, para transformar vidas através da cultura”.

A Orquestra Ouro Preto abrirá o festival no sábado, 22, com um concerto dedicado ao repertório do grupo A-Ha. Um dos maiores sucessos da formação mineira, o espetáculo que homenageia a banda norueguesa, ícone dos anos 1980, foi criado em 2021, no formato live, tendo o repertório lançado posteriormente nas plataformas digitais, com o aval dos próprios integrantes do grupo.

Com arranjos de Fred Natalino, o repertório é inspirado no álbum “On Tour in Brazil”, lançado pela banda em 1989 e que carrega clássicos como “Take On Me”, “Hunting High and Low”, “Crying in the rain”, em um encontro especial dos riffs dos sintetizadores com os acordes dos instrumentos de cordas.

(Crédito @rafagarcia)

Encerrando a noite de sábado, a OOP receberá o grupo mineiro Pato Fu (formado por Fernanda Takai, John Ulhoa, Ricardo Koctus, Xande Tamietti e Richard Neves) para o segundo espetáculo do dia. A apresentação em Copacabana marca o lançamento do álbum que eternizou esse encontro inusitado.

Nomeado como “Rotorquestra de Liquidicafu”, em referência ao título do primeiro álbum do grupo – “Rotomusic de Liquidificapum”, de 1993 – o espetáculo, que foi lançado em 2022, celebrando os 30 anos da banda, une o pop rock e a música de concerto em uma explosão de criatividade musical e bom humor.

Para Fernanda Takai, vocalista do grupo, a ocasião é muito especial: “esse show será um presente para nós e para quem é fã da Orquestra e do Pato Fu. Tocar em Copacabana, com o acesso liberado ao público, será um momento histórico. Mais uma etapa na comemoração de nossos 30 anos. Espero que seja uma noite linda e emocionante, como geralmente são os encontros com a Orquestra Ouro Preto”.

O repertório passeia entre as canções mais conhecidas do grande público e outras preciosidades do Pato Fu, que integram a discografia composta por 13 álbuns lançados. Entre elas estão: “Perdendo os Dentes”, “Sobre o Tempo” e “Simplicidade”, assim como “Eu sou o umbigo do mundo”, “Água” e “Spoc”. Segundo o regente, o espetáculo “transcende gêneros e oferece uma experiência musical única, com arranjos inovadores e performances emocionantes”.

No domingo, 23, a Orquestra inicia o programa com a apresentação do concerto que celebra a obra de Luiz Gonzaga. Em “Gonzagão: Concerto para Cordas e Trio Pé de Serra”, a formação coloca toda sua excelência e versatilidade a serviço das canções de um dos maiores gênios da história da música brasileira. As cordas da Orquestra abrem espaço para um diálogo com a sanfona, o triângulo e a zabumba em uma fusão arrebatadora.

O espetáculo contempla os grandes sucessos da carreira do artista e evidencia a grandiosidade de uma obra que o fez ganhar o título de Rei, no ano em que completam-se 25 anos de sua despedida. Com arranjos de Mateus Freire, o programa apresenta clássicos que já fazem parte do imaginário coletivo do brasileiro, como “Asa Branca”, “O Xote das Meninas”, “Qui Nem Jiló”, “Vida de Viajante” e “Assum Preto”, em um repertório que celebra a alma nordestina.

(Crédito @rafagarcia)

O festival se encerrará com a mais recente empreitada da OOP: o concerto ao lado do cantor, compositor e percussionista Carlinhos Brown. Após a estreia na Avenida Paulista em maio, onde milhares de pessoas cantaram e se emocionaram, o espetáculo terá sua segunda edição nas areias do Rio, onde os ritmos afro-brasileiros e a poesia de Brown vão se unir novamente na versatilidade da Orquestra Ouro Preto.

O concerto faz um passeio pela obra do artista, ressaltando toda sua grandiosidade e exuberância musical. Nessa união singular, cabem o berimbau, a percussão e os metais, que se apresentam em total harmonia com os violinos e violoncelos. Integram o repertório hits como “Amor I Love You“, “Já Sei Namorar” e “Vilarejo”, gravadas com o grupo Tribalistas, ao lado de Marisa Monte e Arnaldo Antunes. Além dessas canções, outras pérolas do cancioneiro de Brown integram o setlist, entre elas “Maria de Verdade”, “Segue o Seco”, “ECT” e as dançantes “Quixabeira” e “A Namorada”, que ganharam novos arranjos assinados por Paulo Malheiros.

“O desafio é sempre a brasilidade e, no caso de Carlinhos, a baianidade e os ritmos afro-brasileiros que ele trabalha. Acho um desafio mesclar essas duas áreas, criando um caldeirão multicultural. Todos saem ganhando”, declara o maestro. “Para mim, clássico é tudo que perdura no inconsciente coletivo, e a Orquestra Ouro Preto se encontra nesse lugar tão tradicional quanto moderna. Me sinto muito honrado por estar novamente ao lado desse conjunto de tamanha excelência musical e animado em apresentar o espetáculo, agora aos cariocas e turistas de todo o mundo que se encontram em Copacabana”, afirma Brown.

SOBRE A ORQUESTRA OURO PRETO

Uma das mais prestigiadas formações orquestrais do país, a Orquestra Ouro Preto tem como diretor artístico e regente titular o Maestro Rodrigo Toffolo. Premiado nacionalmente, o grupo vem se apresentando nas principais salas de concerto do Brasil e do mundo. Seu trabalho ousado e plural é reconhecido com importantes premiações nacionais e aplausos efusivos do público nas salas e casas de espetáculo por onde passa.

Criada em 2000, a Orquestra Ouro Preto tem atuação marcada pelo experimentalismo e ineditismo, sob os signos da excelência e da versatilidade. Possui diversos trabalhos registrados em CD e DVD: Latinidade (2007), Oito Estações: Vivaldi e Piazzolla (2013), Valencianas: Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto (2014), Antonio Vivaldi: Concerto para Cordas (2015), Orquestra Ouro Preto: The Beatles (2015), Latinidade: Música para as Américas (2016), Música para Cinema (2017), O Pequeno Príncipe (2018), Suíte Masai (2019) e Quem Perguntou por Mim: Fernando Brant e Milton Nascimento (2019), Gênesis: João Bosco e Orquestra Ouro Preto (2022), Valencianas II: Alceu Valença e Orquestra Ouro Preto (2022), Orquestra Ouro Preto: Haydn & Mozart (2023), Orquestra Ouro Preto: A-Ha (2023) e Orquestra Ouro Preto: Vander Lee – No Balanço do Balaio (2024).

SOBRE O INSTITUTO CULTURAL VALE

O Instituto Cultural Vale acredita que a cultura transforma vidas. Por isso, patrocina e fomenta projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo em que atua para o fortalecimento da economia criativa.

SERVIÇO:

ORQUESTRA OURO PRETO VALE FESTIVAL

Data: 22 e 23 de junho

Local: Praia de Copacabana, altura do Posto 2 – Rio de Janeiro

Horário: a partir das 17h30

Gratuito

PROGRAMAÇÃO:

Data: 22/06 (sábado)

17h30 – DJ

18h – Orquestra Ouro Preto: A-Ha

19h – Rotorquestra de Liquidicafu: Pato Fu e Orquestra Ouro Preto

Data: 23/06 (domingo)

17h30 – DJ

18h – Gonzagão: Concerto para Cordas e Trio Pé de Serra

19h – Orquestra Ouro Preto e Carlinhos Brown

Douglas Fernando: