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Japão desenvolve sangue artificial compatível com todos os tipos sanguíneos: revolução médica pode chegar aos hospitais até 2030

Japão desenvolve sangue artificial compatível com todos os tipos sanguíneos: revolução médica pode chegar aos hospitais até 2030

Em um avanço que pode transformar radicalmente os sistemas de saúde ao redor do mundo, pesquisadores japoneses anunciaram o desenvolvimento de um sangue artificial universal, capaz de transportar oxigênio como o sangue humano natural — e compatível com todos os grupos sanguíneos.

O projeto, liderado pela cientista Hiromi Sakai, da Universidade Médica de Nara, utiliza uma abordagem inovadora: a hemoglobina extraída de doações vencidas é reaproveitada para criar uma substância funcional, segura e altamente estável.

Testes promissores e durabilidade surpreendente

Os primeiros ensaios clínicos foram realizados com voluntários saudáveis entre 20 e 50 anos, e os resultados são animadores. O sangue artificial demonstrou capacidade eficiente de transporte de oxigênio, sem reações adversas significativas.

Além da compatibilidade universal — um dos maiores desafios da medicina transfusional — o novo produto apresenta uma durabilidade inédita: Até 2 anos em temperatura ambiente, Até 5 anos sob refrigeração

Esses números superam em muito a vida útil das bolsas de sangue convencionais, que geralmente não ultrapassam 42 dias. Isso representa um salto logístico e estratégico para hospitais, bancos de sangue e missões humanitárias.

Impacto global e próximos passos

O objetivo da equipe japonesa é claro: comprovar a segurança total do produto e obter aprovação para uso clínico em larga escala até o ano de 2030. Se bem-sucedido, o sangue artificial poderá ser utilizado em cirurgias, emergências, zonas de conflito e regiões com escassez de doações.

Uma nova era para a medicina

A criação de um sangue artificial universal representa mais do que uma conquista científica — é um marco na busca por soluções médicas sustentáveis, seguras e acessíveis. Em um mundo onde a demanda por sangue ultrapassa a oferta em muitos países, essa tecnologia pode redefinir o futuro da medicina transfusional.

A comunidade científica internacional acompanha com atenção os próximos passos do projeto japonês, que já é considerado um dos mais promissores da década.

foto de internet

Joacles Costa: Jornalista, Doutor H.C. em Jornalismo, Doutor H.C em Ciência da Educação, Diretor Executivo do Portal de Notícias Cellebriway, Autor de vários Livros, Professor, Pós-Graduado em Educação Ambiental, Educação Especial, Gestão Pública e Neuropsicopedagogia.