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Fiagro registra crescimento de 152% em patrimônio líquido no1º trimestre de 2024

Fiagro registra crescimento de 152% em patrimônio líquido no1º trimestre de 2024

Patrimônio líquido da indústria de Fiagro foi de R$ 34,8 bilhões


Walter H.Fritzke/ Foto: Renato Miloch

O ano de 2024 para o agronegócio começou desafiador diante da redução de 7,6% na produção de grãos na safra 2023/24, que foi calculada em 295,6 milhões de toneladas, de acordo com dados da Conab. Para manter o capital, produtores têm buscado nos fundos de investimento uma alternativa. No primeiro trimestre do ano, por exemplo, o agronegócio registrou 98 Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro), contra 63 contabilizados no mesmo período do ano anterior, alta de 56%.

Em valores monetários, o total de patrimônio líquido da indústria de FIAGRO foi de R$ 34,8 bilhões, um crescimento de 152% em relação ao fechamento do 1º trimestre de 2023, quando a indústria registrou um patrimônio líquido total de R$ 13,8 bilhões. O levantamento foi compilado com base em dados públicos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA) pelo Martinelli Advogados, escritório que atua na estruturação jurídica e assessoria legal a esses fundos.

Walter H.Fritzke, Head de Mercado de Capitais do Martinelli, explica que os produtores estão receosos em relação a possível escassez de recursos para custear a próxima safra e, por isso, houve o aumento da procura. Em contribuição a isso, completa ele, entrar no mercado de capitais tem sido cada vez mais fácil e prático. “Uma empresa, entidade ou cooperativa pode criar a sua própria estrutura financeira como forma de oferecer mais um serviço ao seu cliente. O agronegócio já tem uma cadeia de consumo estabelecida e as instituições do setor conhecem as necessidades de seus clientes”, observa.
Fritzke enfatiza que esse sistema é mais dinâmico e, por isso, traz mais liquidez. “O foco do Fiagro é financiar toda a cadeia produtiva para fazer a ‘roda girar'”, destaca o especialista.
O relatório apontou que o FII-Fiagro foi a categoria com o maior número de Fundos Fiagro com 48 fundos de investimento registrados, totalizando um patrimônio líquido de R$ 17,5 bilhões.

Outras categorias
O Fiagro é composto por várias categorias. No Fidc-Fiagro foram 37 fundos, totalizando um patrimônio líquido de R$ 3,8 bilhões. No FIP-Fiagro foram 13 fundos, totalizando um patrimônio líquido de R$ 13,5 bilhões. Walter H.Fritzke observa que, com o conhecimento de mercado e as devidas orientações, empresas do setor agropecuário podem captar recursos com melhor custo-benefício, e com maior governança societária, em qualquer categoria em que representantes do agro estão inseridos.
“Os players do mercado agropecuário começaram a se preocupar com as alternativas de crédito para o setor, um comportamento assumido nos últimos anos. Eles estão buscando no mercado de capitais alternativas mais vantajosas de captação de recursos”. Ele salienta que os Fiagros ganharam força e tendem a crescer ainda mais com a lei 14.421/22, atualizada em 2022, a qual começou a permitir o investimento de recursos não somente na cadeia agroindustrial, mas em todas as frentes do agronegócio.

Porém, como o agronegócio é uma atividade que depende do clima, o consultor afirma que cabe ao agricultor acompanhar sempre os movimentos do mercado financeiro para avaliar a melhor forma de movimentá-lo, principalmente em períodos de quebra de safra, como ocorreu no ciclo 2023/24.

Sobre o Martinelli
Com mais de duas décadas de mercado, o Martinelli Advogados é um dos maiores escritórios de advocacia empresarial do Brasil e referência no agronegócio, eleito como um dos escritórios mais admirados no setor pela edição atual do ranking Análise Advocacia. Com mais de 800 colaboradores, o Martinelli Advogados marca a sua presença em vários dos principais polos de produção do agronegócio brasileiro, como Maringá (PR), Cascavel (PR), Passo Fundo (RS), Sinop (MT) e Chapecó (SC), além do interior de São Paulo e Goiás, ofertando serviços personalizados voltados para empresas e organizações do setor e alcançando todo o território nacional por meio de suas 16 unidades. A grande experiência no atendimento a grandes cooperativas fez do escritório a primeira instituição não cooperativa do Brasil a receber o selo SomosCoop. Seu modelo de trabalho aplica o “Jeito Martinelli”, com atendimento personalizado, que entende com profundidade as necessidades do cliente e propõe soluções jurídicas e empresariais alinhadas com a estratégia do negócio. Saiba mais em martinelli.adv.br.
Joacles Costa: Jornalista, Diretor Executivo, Autor de vários Livros, Professor Pós-Graduado em Educação Ambiental, Educação Especial, Gestão Pública.