Por Joacles Costa
Alunos da EJA da UMEF Professor Darcy Ribeiro criam mapas com latinhas recicláveis em projeto inovador
Na UMEF Professor Darcy Ribeiro, localizada em Vila Velha, o conhecimento tem ganhado novas formas — e cores — nas mãos dos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Com criatividade, empenho e consciência ambiental, eles participaram de uma atividade educativa que uniu geografia, arte e sustentabilidade: a construção de mapas utilizando latinhas recicláveis.
O projeto, intitulado “Mapeamento com latinhas recicláveis“, foi conduzido sob a orientação do professor integrador Jonatha Liprandi, que há anos desenvolve ações pedagógicas inovadoras voltadas para o engajamento e a valorização dos estudantes da EJA. As atividades desafiaram os alunos a identificar territórios, estados e regiões, representando-os com recortes de latinhas, promovendo assim o reaproveitamento de materiais e a reflexão sobre o consumo consciente.
Para o professor Jonatha, o trabalho vai além da sala de aula e tem um papel transformador na vida dos estudantes. “Estou muito satisfeito em atuar com os alunos da EJA e ver o desenvolvimento deles a partir dos projetos que apresentamos. A cada atividade, eles demonstram mais autonomia, mais interesse e mais orgulho pelo que estão construindo”, afirmou emocionado.
A proposta chamou a atenção da comunidade escolar e vem sendo vista como exemplo de como a educação pode ser inclusiva, criativa e comprometida com valores sociais e ambientais. O uso de latinhas, que seriam descartadas como lixo, passou a ter um novo sentido: representar, com dignidade e talento, o Brasil em miniatura — feito por mãos que acreditam na força do aprender ao longo da vida.
A atividade também proporcionou debates em sala sobre reciclagem, preservação do meio ambiente e o papel do cidadão na construção de um mundo mais justo e sustentável.
É importante esse tipo de iniciativas que aproximam o conteúdo pedagógico do cotidiano dos estudantes. E, como bem simboliza o mapa criado a partir do que antes era descartado, o que muitos chamam de “resíduo” pode se tornar ponte para novas oportunidades de aprendizado.