Conhecida por participar do Drag Race Germany, ela contou como se apaixonou pela arte drag e o que essa jornada representa: “Minha paixão pelo mundo drag nasceu de um jeito muito natural. Desde criança eu já sentia algo dentro de mim, mas não sabia o que era. Em 2019, quando maquiei uma artista em um concurso drag na França, tudo fez sentido. Olhei praquelas queens incríveis e pensei: ‘É isso. Eu quero estar ali’. Foi o meu momento Burlesque.”
Mesmo com pouco tempo de carreira, Victoria se jogou de cabeça e acabou realizando um sonho ao entrar no Drag Race Germany. “Eu fazia drag há só um ano, não tinha designer, nem peruqueiro, nem contatos. Achei que não tinha chance, mas o destino insistiu. Gravei minha audição no último dia e deu certo. Foi mágico. Hoje vejo que aquele medo virou força.”
Inspirada por ícones da música pop, ela leva no nome sua maior referência: “A Britney Spears foi e continua sendo minha maior inspiração não só pela música, mas pela resiliência e pela forma como ela se reconstrói. Hoje tenho orgulho de ser um dos maiores covers de Britney drag na Europa.”
Mais do que figurino e maquiagem, Victoria vê o drag como expressão e resistência. “Ser drag é liberdade, é criatividade. Todo mundo faz drag de alguma forma. Até você, que tá lendo, quando escolhe o que vestir, tá se expressando. E estar montada também é um ato político — não é só um close, é um grito de resistência e amor pela nossa história.”
Com seu humor, ela também ri dos perrengues do palco: “Uma vez fiquei praticamente cega de um olho antes de entrar em cena e fiz o show assim mesmo! Ainda bem que era Halloween, passou despercebido!”
No fim, a mensagem que Victoria deixa é simples e poderosa: “O segredo da Victoria é amar o que faz. Eu me entrego 100%, me divirto e faço tudo com o coração. O carinho do público é o que me faz brilhar cada vez mais.”