O empreendedorismo feminino no Brasil cresce em ritmo acelerado. Dados do Sebrae apontam que, atualmente, as mulheres representam quase metade dos empreendedores no país, muitas delas impulsionadas pela maternidade e pela busca de flexibilidade. Mas começar um negócio próprio exige mais do que coragem: requer resiliência, visão de mercado e capacidade de recomeçar.
Nessa seria de entrevista que homenageia as mulheres do nosso país conversamos com a Daiane, empresária de 41 anos. Com uma trajetória marcada por altos e baixos, ela encontrou no empreendedor uma forma de unir trabalho e maternidade. Hoje, além de comandar um negócio de sucesso, compartilha sua experiência nas redes sociais inspirando outras mulheres a empreenderem.
“Eu descobri que empreender não é apenas vender um produto ou serviço. É também sobre resolver problemas reais e, no meu caso, criar soluções para mães que enfrentam os mesmos desafios que eu já vivi”, afirma Daiane.
Para muitas mulheres, a maternidade traz mudanças que impactam diretamente a carreira. Pesquisa realizada pela Rede Mulher Empreendedora mostra que 75% das mulheres começam a empreender depois de se tornarem mães, principalmente pela dificuldade de conciliar trabalho formal com a criação dos filhos.
Esse foi o caso de Daiane. Depois de abrir sua primeira loja de confecção adulta como sacoleira, ela enfrentou o fechamento do negócio após cinco anos. Durante três anos, trabalhou para outras pessoas até engravidar. Foi nesse momento que percebeu que o mercado de trabalho tradicional não seria viável. “Eu sabia que precisava encontrar um caminho onde pudesse estar presente na vida dos meus filhos e ainda garantir minha independência financeira”, relembra.
O ponto de virada veio de maneira inesperada. Daiane começou a vender itens usados do próprio filho, como carrinho de bebê e bebê conforto, para outras mães. Logo percebeu que havia um nicho pouco explorado: mães que buscavam produtos de qualidade, mas com preços acessíveis.
Com base nesse insight, Daiane começou a construir um negócio focado no atendimento humano e personalizado. O sucesso veio como resultado de sua sensibilidade para identificar as necessidades do público e sua capacidade de transformar um simples ato de venda em uma experiência que conecta.
A história de Daiane reflete uma tendência crescente: o empreendedorismo como alternativa para mulheres que desejam flexibilidade e autonomia. O desafio, no entanto, é grande. As mães empreendedoras enfrentam dificuldades como falta de capital inicial, preconceito no mercado e a exaustão de conciliar múltiplas responsabilidades.
Daiane reconhece esses obstáculos, mas também acredita que a maternidade pode ser um diferencial. “Ser mãe me deu um propósito maior. Tudo o que construí foi pensando no futuro do meu filho, e isso me motivou a ir além, mesmo quando parecia impossível”, diz.
Hoje, Daiane utiliza suas redes sociais para mostrar que o empreendedorismo é uma jornada possível, mesmo com limitações. Suas postagens incluem dicas de negócios, relatos pessoais e histórias de superação, incentivando mulheres a darem o primeiro passo rumo à independência.
O crescimento de histórias como a de Daiane reflete uma mudança no mercado. As mulheres estão liderando negócios em áreas antes dominadas por grandes empresas, reinventando-se e criando soluções criativas para problemas cotidianos. O uso das redes sociais como ferramenta de comunicação e marketing é outro diferencial, permitindo que empreendedoras como Daiane ampliem seu impacto.
O exemplo de Daiane mostra que o empreendedorismo feminino vai além do lucro: é sobre impacto, transformação e comunidade. Ela não apenas construiu um negócio de sucesso, mas também criou um espaço onde outras mães podem encontrar inspiração e apoio.
“Recomeçar nunca é fácil, mas o que importa é o que você faz com as oportunidades que surgem. O fracasso não define ninguém; ele ensina, e é isso que eu tento passar para quem me acompanha”, conclui.
Saiba mais a especialista entrevistada!
https://www.instagram.com/daianesantedo/profilecard/?igsh=MWRhYWliMHc4d2l2MA==